OVELHAS NO NEVOEIRO
As colinas descem sobre a brancura.
Pessoas ou estrelas
Olham-me tristemente, desaponto-as.
O comboio deixa o traço da sua respiração.
Oh lento
Cavalo cor da ferrugem,
Cascos, guizos de dor –
Toda a manhã a
Manhã tem vindo a escurecer,
Uma flor posta de lado.
Os meus ossos ganham imobilidade. Campos
Distantes suavizam o meu coração.
Ameaçam
Deixar-me entrar para um paraíso
Onde não há estrelas, não há pais, secreta água.
Sylvia Plath, Ariel
7 comentários:
Gosto muito da Sylvia Plath.
Cedo os deuses a levaram para junto de si. Por muito a amarem, como diria Menandro.
Abraço e boa semana, amiga.
há muito que desejo conhecer a obra de sylvia plath. obrigada por este aperitivo
Excelente composição poética.
Obrigado pela sua visita ao meu blog e pelas palavras.
Boa semana.
conheço pouco a sua poesia, mas do que conheço gosto muito, ainda quando tenho dificuldade em entendê-la ou a sinto mais inquietante (não sei, porém, se o entendimento racional pleno de um poema é necessário à sua fruição, ao seu apreço...).
alex, fico contente por teres encontrado aqui um início ;)*
zénite, abraço e boa semana!
vieira, obrigada e boa semana para si!
Um poema triste de Sylvia Plath.
"Pessoas ou estrelas olham-me tristemente, desaponto-as".
Tantas vezes nos sentimos assim.
Um beijo.
Olá
Quando comecei a ler o poema (sem ver, ainda, em baixo, de quem era), fiquei impressionada pois achei realmente muito bom. Depois vi que não era teu mas não fiquei menos convencida!
Não sei se é "ao fundo" que as palavras estão neste blogue!!!
Stella
Graça, verdade que sim... esses versos também me tocaram muito.
bjo.
Stella, muito obrigada pela visita e pelas palavras!
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