26 de agosto de 2007

LEITURAS # 15

fosse o corpo só meu e uma pedra
o atingisse e abatesse.
se a chuva viesse agora pedir para nascer nos
meus olhos e as imagens se fizessem nuvens
do que desejo, descobriria uma
alma e procuraria incansável
a identidade dela.
quando morrer, pulsando na forte corrente
do vento que me vier esconder, descobrirei
uma alma e procurarei incansável
a carne dela


Valter Hugo Mãe, estou escondido na cor amarga do fim da tarde

3 comentários:

hfm disse...

Belo!

bookworm disse...

bonito poema. :)

Stella Nijinsky disse...

Espectacular, gosto do estilo de poesia que seleccionas, é forte!
:-)